Segundo o relator da auditoria, conselheiro Salomão Ribas Junior, “o controle da SCGÁS teve sua transferência feita apenas entre os sócios, mas como ela é uma empresa de economia mista (com investimentos público e privado), qualquer mudança deveria ter sido aprovada pela Assembleia. Quando começou a dar lucro, os sócios simplesmente tiraram o Estado do negócio. Primeiro devemos retomar a empresa, depois vamos apurar os responsáveis pelas irregularidades”.
A auditoria foi tão complexa que exigiu quatro anos.
Tabuleiro de beliche
A coluna de sábado abordou assunto (Emprego para todos), referente à distribuição de nomes para cargos no primeiro escalão do governo estadual. Chamar de reforma não é muito – ou nada – apropriado. Afinal, o que acabou acontecendo foi a retirada de um nome daqui, colocando-o ali, tirando o de lá e nomeando para acolá. O estado se assemelha a um tabuleiro de xadrez, com as peças do jogo sendo mandadas para outros espaços, mas não saindo do tal tabuleiro. Só que tem um detalhe. É tanta gente para encaixar que um tabuleiro de “xadrez de beliche” permitiria acomodar todos que na última eleição ficaram sem ter espaço para comandar e continuar no poder.
Que negócio é esse?
A lotação de 13 mil pessoas no Desafio Internacional das Estrelas, no Beto Carrero World, em Penha, deve ter gerado uma bela arrecadação, computando-se que os valores dos ingressos variaram entre R$ 30 a R$ 280. Assim fica fácil fazer o evento, onde os patrocinadores e o governo estadual garantem o evento com custo zero para os espertos, ficando a bilheteria inteira como lucro. Com certeza a organização deve desejar ficar em Santa Catarina, esse estado de povo e governantes generosos, por muitos anos. Não entendo, se é uma festa para as estrelas do automobilismo, e não existe custo para os organizadores, por que cobrar ingresso?
Fonte: Cacau Menezes/Diário Catarinense